segunda-feira, 15 de abril de 2013

Dádiva Sacrificial


Recebi o amor em bruto diamante e por uma brevidade no tempo, me alegrei em sua luz - iluminada: da luminosa, parente, mas não sua igual, e assim o que era fosco se revelou.

Entristeci. Na pouca polidez de palavras, manifestei-me; apregoei, mas em desonra. Em lágrimas à beira da Fonte, por meu bem mais precioso pranteei e ao Ourives o entreguei.

Dei-lhe as costas e em silêncio resolvi partir. Ele, em desespero, gritou-me: “Por que em ira escondes a tua face de mim”?! Respondi-lhe em afonia, minha cria, meu quinhão. Para o ganho, assim te perco.

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