sexta-feira, 26 de abril de 2013

Salmo Matutino


Bendizei ao Senhor, vós que sois os Seus santos;
Que brote de vossos lábios o perfeito louvor;
O sacrifício, agora não mais com o sangue de bodes ou de bois,
Mas seja a vossa adoração notória na tribulação.
Louvemos ao Senhor porque Ele nos deu um Espírito mui excelente,
De conhecimento, de sabedoria e de revelação,
A fim de que seja o nosso canto sem murmúrio,
E valentes segundo o Seu coração enalteçamos o Seu Santo Nome;
Nos montes e nos vales, pois o Senhor é o Guarda, é o Sentinela de Israel,
Aquele que não dorme e não tosqueneja.
Bendizei ao Senhor Santos de toda a Terra porque Ele é bom,
 E sua misericórdia dura para sempre.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Filosofia da fé


A filosofia da fé é por ela mesma viver e não por vista. É o firme fundamento daquilo que se espera e a certeza das coisas que não se veem porque, ora, pois, esperança acerca daquilo que se vê não é esperança.

Por seu intermédio, alcança-se testemunho e por suas obras, justiça. Pela fé, de Deus o crente torna-se amigo e, por consequência, galardoado. A fé origina o temor, que por sua vez, o arrependimento e este, a novidade de vida; a fé nasce do ouvir e o ouvir, a Palavra.

A fé é uma vitória e a vitória que vence o mundo; virtude poderosa, mas não maior do que o amor, seu companheiro, parceiro de longa jornada. Suas qualidades se confundem com as do primeiro, uma vez que é de igual maneira paciente, tudo crê, tudo espera e tudo suporta. Seu tamanho não se mensura, é abstrata; concreta; eficaz. Se do grão de mostarda é a sua dimensão, pode lançar montes ao mar. É a lógica do Criador e loucura para o mundo, sabedoria de Deus com vistas a confundir os sábios cujo deus é o próprio ventre.

A verdadeira fé instrui em justiça, prepara para a boa obra. Sobre ela, já discorreram os doutos, alguns em reconhecimento, outros para sua própria condenação. A fé não tem lógica, haja vista ser ela a própria lógica; racional, com entendimento, onde cinco mais dois é igual a cinco mil, onde a virtude se libera por um toque. A fé chama o morto para fora e por ela a glória se revela, a tudo tornando possível.
Pela fé se sabe que tudo quanto foi feito, pelo logos se fez e houve descanso ao sétimo dia. Pela fé, enxerga-se de longe as promessas, com abraço e confissão. Pela fé, o crédulo se mantém de pé diante do invisível.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Direitos de Filho


“Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no seu nome.” (Jo. 1-12).

Amados, graças sejam dadas ao Senhor Todo-Poderoso, ao Forte de Israel, que mais uma vez falou conosco através da Sua Santa palavra.

É sabido de toda a gente que aquele que recebe o Senhor Jesus Cristo como Salvador recebe a salvação e, para esse fato, há respaldo na Palavra de Deus em Rm 10-9;10. Mas, você sabe realmente o que significa ser filho de Deus, tal como nos atesta a passagem bíblica que antecede o início deste relato? Se sua resposta for sim, louvado seja o Senhor por sua vida, caso contrário, convido-o a tomar posse de sua herança. Pois sim! Você é co-herdeiro de Cristo e isso não sou eu quem digo e sim as santas escrituras. Veja o que diz Rm 8-17: “E se, nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.” Vês?! Grandes coisas faz o Senhor por nós e por isso estamos alegres! Ele é o Pai Celestial que sabe dar bens a Seus filhos (Mt.7-11).

É muito perigoso para um cristão permanecer na ignorância e por esta razão não é vão se formos advertidos “zilhões” de vezes a fazer da leitura, estudo e meditação na Palavra de Deus uma constante. Ficar ignorante acerca de nossos direitos de filho, por exemplo, nos deixa passíveis de levarmos uma vida espiritual de forma semelhante ao irmão do filho pródigo: sempre na casa do Pai e com tudo o que é d´Ele ao seu alcance, porém, aparentemente, sem usufruir de nada (releia a parábola e deixa Deus falar contigo a respeito). Não é isso que Deus deseja para nós, lembremos que Seus pensamentos não são como os nossos (Is 55-8;9). Ele deseja o melhor para nós (Jr. 29-11). O único interessado em que permaneçamos inconscientes de quem somos e daquilo que temos em Deus e em Cristo é o diabo, pois sabe que a ignorância pode nos levar a perecer (Oséias 4-6).

Quem é filho de Deus, também é irmão de Jesus (Rm.8-29) e, desse modo, membro de Sua família também quando passa a fazer a vontade do Pai (Mt.12-49;50). Quando eu era mais jovem, odiava que a minha irmã mexesse nas minhas coisas ou usasse o que é meu (ok, confesso, eu ainda me incomodo um pouquinho!), mas Jesus, não! Ele divide o que é d’Ele conosco. Aprecie o que diz Lc 10-19 e, nessa mesma linha de raciocínio, o que atesta Mc. 16-17; 18:

“Eis que vos dou poder para pisar serpentes, e escorpiões, e toda força do inimigo, e nada vos fará dano algum”.

“E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão”.

Gostou?! Então agora visualize o que mais esse nosso Irmão Maravilhoso faz por nós:

Ele é nosso intercessor (Hb 7-25);
Se compadece de nossas fraquezas (Hb 4-15);
É nosso advogado (IJo.2-1);
Nos deu a vida eterna (Jo.3-16);
Nos deu a glória (Jo.17-22).

Eu poderia continuar a dar vários outros exemplos como estes, contudo tenho certeza que você meu querido leitor, os descobrirá por si mesmo com a ajuda do Santo Espírito do Senhor. Considere o presente estudo como um aperitivo. O povo de Deus é uma nação privilegiada. Temos a promessa do Pai de que nenhuma ferramenta jorjada contra nós prospera (Is 54-17), que sobre a nossa tenda não vale encantamento (Números 23-23), isso sem falar na coroa da vida (Ap.2-10). Continuemos a crescer em graça e sabedoria a fim de que alcancemos um coração entendido. Deus abençoe a todos!

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Dádiva Sacrificial


Recebi o amor em bruto diamante e por uma brevidade no tempo, me alegrei em sua luz - iluminada: da luminosa, parente, mas não sua igual, e assim o que era fosco se revelou.

Entristeci. Na pouca polidez de palavras, manifestei-me; apregoei, mas em desonra. Em lágrimas à beira da Fonte, por meu bem mais precioso pranteei e ao Ourives o entreguei.

Dei-lhe as costas e em silêncio resolvi partir. Ele, em desespero, gritou-me: “Por que em ira escondes a tua face de mim”?! Respondi-lhe em afonia, minha cria, meu quinhão. Para o ganho, assim te perco.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Salmo da Asafita


Guarda-me, ó Deus, pois em Ti confio.
Livrai-me, Senhor de tropeçar, conforme a Tua Palavra,
E não permita, ó Santo, que a tua pequenina veja a corrupção;
Expulsai ó Pai com Tua mão forte e de poder os estranhos de minha possessão,
Pois eu sei, Senhor, que todo aquele que passa pelo deserto alcança a terra prometida.
E de mel se sacia, bem como se dessedenta com o leite que dela emana.
Uns confiam em carros, outros em cavalos, mas eu faço menção a Teu Nome,
Ó Todo-Poderoso de Israel! Envergonhados sejam todos os meus inimigos;
E faz-me colher com alegria o fruto da preciosa semente que agora semeio em lágrimas.
Que a minha descendência seja poderosa na Terra andando em Teus caminhos,
E que eu me alegre em Ti todos os dias de minha vida, até a consumação dos séculos.

Filosofia de amar

O pensador refletia em meio a penumbra. Julgava ele que a escuridão lhe potencializava o processo cognitivo. Barriga para cima, braços cruzados sobre o peito, olhos fixos no teto. Pensava nela. Vez por outra um prolongado suspiro lhe aliviava o enfado da alma. Curtia a dor da saudade. A solidão, deitada a seu lado, procurava chamar-lhe a atenção, mas o Pensador ali deliberava como cientista. Lera em algum lugar que amar o próximo estava condicionado ao amor a si mesmo, entretanto não era isso que se via. Milhares de enamorados atentavam contra a própria vida todos os dias ao passo que outros tentam colher figos de amendoeiras, amarrando sua curta existência à de outros entes calejados de maus costumes.

"Qualquer coisa é melhor do que isso." - sussurrou-lhe a mulher sem face agora deitada de lado a encara-lo.  Pensador ignorou-lhe a assertiva. Nada podia fazer para arranca-la dali, porém reservou-se o completo direito de ignora-la. Estava só porque recusara-se a encarar uma sina pior que a de Prometeu: violentar ele mesmo o seu eu todos os dias com vistas a manter a seu lado a perfeita figura da ingratidão. Aspirava ele àquela hora poder quantificar tão grande paradoxo - o bem de alguém em detrimento de outrem. Tal tarefa era para ele semelhante ao ato de intentar fazer um omelete sem quebrar os ovos.

Sobre o amor está escrito que este é sofredor, é benigno; não invejoso; não leviano, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, Não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta e, partindo dessa premissa, considerava- se aquele homem de meia idade um exímio amante, contudo sua "perfeição" não tinha lugar ou prestígio neste mundo. Sua companheira, tão logo se viu livre, partiu para dedicar-se (para não dizer se condenar) a alguém que nada mais faz senão afligir-lhe dor. É hipócrita qualquer afirmação em contrário. Não se busca mais quem lhe faça o bem ou quem lhe conceda amor e respeito. A moda é amar a quem lhe cospe na face, a quem lhe esmaga o coração com atitudes desqualificadoras, a quem não lhe exalta as virtudes. É hipócrita, de igual forma, a busca pela paz e pela honestidade se a desavença é aquela que se destaca no horário nobre, se a iniquidade, o adultério e a desonestidade mantém cativos milhões de espectadores ávidos em testemunhar suas peraltices e vibrar com suas conquistas. Pensador enojava-se ao passo que apiedava-se de tão enorme gama de indoutos, livres-adictos-cativos-escravos de uma sociedade moribunda, que preconiza a vilania.

"Pobre filosofia de amar essa!" - bradou ele em um misto de revolta e agonia. "Pobre filosofia mundana." - tornou a bradar, mas não com a mesma intensidade do primeiro, pois chorava. Soluços se propagavam ante a ausência de luz, a incompreendida e temida escuridão.




sexta-feira, 5 de abril de 2013

Andar até Jesus


Bendito seja o Senhor nas alturas hoje e para todo o sempre, e bendito seja nosso Senhor Jesus Cristo, Seu Filho Amado em quem Ele se compraz e em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência (Cl 2-2;3)!

Regozijo-me em Deus a cada vez que algo novo me salta à mente quando do exame das escrituras e, na manhã deste dia, aprouve ao Pai, por intermédio de Seu Santo Espírito me ensinar essa importante lição, á qual tenho o prazer de dividir com meus leitores: a Bíblia Sagrada é capaz de nos trazer diversas situações com as quais podemos ilustrar a caminhada com Jesus e aqui, neste estudo, apresento uma delas que me atrevi a denomina-la tal e qual se mostra o título deste relato: “Andar até Jesus”.

Antes de tudo, se faz necessário apresentar um conceito para a expressão: “andar até” significa locomover-se; ir ao encontro de. Agora, analisemos juntos três exemplos bíblicos que, em minha opinião, melhor ilustram a temática deste estudo:

Mt. 9-20;22: neste trecho encontramos narrado um dos mais famosos feitos de Cristo durante sua vida terrena: a cura da mulher que padecia do fluxo de sangue. Imaginem como não deveria ser a vida desta pessoa! Pelo que conhecemos das leis e costumes daquele povo e daquela época, ela, no mínimo, deveria ser considerada impura. Atrevo-me também a imaginar o quão solitária e desesperançosa era a sua existência. A parte “B” do verso vinte e um nos conta que ela pensava consigo mesma que bastava que pudesse tocar nas vestes de Cristo para alcançar a cura. O evangelista Marcos relata o episódio com maior riqueza de detalhes, inclusive fazendo menção à grande multidão que apertava o Mestre nos fazendo assim compreender melhor o porquê de a mulher considerar a possibilidade de apenas alcançar as suas vestes. Vê-se que muitas vezes esperamos que Deus nos conceda uma benção de maneira “espetaculosa”, mas veja que exemplo de fé e por que não dizer de perseverança, uma vez que essa pessoa padecia de uma enfermidade que certamente lhe impunha limitações físicas. Seu gesto de tocar as vestes do Salvador foi tão “simples”, entretanto, a graça alcançada, incomensurável.

Mt. 15-21; 28 – A mulher Cananeia: este é mais um caso em que a persistência e a perseverança são de grande valia na vida de um cristão e por que não fazermos um “link” com o que está escrito em Hebreus 11-1? “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se não veem.” Assim sendo, apresento-lhes a razão deste trecho da carta aos Hebreus ter me saltado à mente: o versículo vinte e três da passagem constante do início deste parágrafo nos conta que Cristo não lhe respondeu palavra. Em outros termos, podemos também dizer que ele a ignorou, porém como lemos em Hebreus “... o firme fundamento das coisas que se não veem.” O aparente descaso de Jesus quanto ao seu clamor não a abateu. Ela não se deixou vencer por aquilo que seus olhos viram, mas sim prosseguiu com seu intento a ponto de, aparentemente, incomodar os discípulos. A reação de Jesus à petição feita por seus liderados foi argumentar que, por assim dizer, aquela mulher pretendia gozar de um privilégio que não lhe pertencia, contudo a Cananeia não se fez de rogada e com a célebre frase: “Os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores”, atraiu para si não só a admiração de seu interlocutor mas também o milagre que tinha ido buscar. Reparem que aqui também não houve nenhum acontecimento fora do comum. A fé foi a chave da vitória.

Mc 10-46; 52: aqui o personagem central é Bartimeu, o cego de Jericó. O texto relata que se encontrava ele mendigando junto ao caminho ao perceber que era Jesus quem passava e então passou a bradar em busca de Seu favor e não se calou mesmo diante da pressão dos muitos que o repreendiam (v.48). Ainda bem que ele não ouviu a voz da multidão, senão teria perdido o que talvez fosse sua única chance de mudar sua sorte. Ouvir a multidão, aliás, é algo que geralmente não termina bem, biblicamente falando. Vejam o caso de Arão em Êxodo 32. Parafraseando o Robin, companheiro do Homem-Morcego, “santo coração duro, Batman!”, pois vai ser incrédulo assim lá longe! Toda vez que leio essa passagem fico indignada. Como é que um povo testemunha tão grandes sinais da existência do Senhor, bem como de Seu grande poder e depois tem a coragem de requerer que um deus seja fabricado! E Arão?! Será que ele não parou para arrazoar nem um pouquinho acerca do que lhe pediam?! Moisés era seu irmão e ainda por cima foi ele também um instrumento de Deus ante a faraó. Outro episódio que muito bem ilustra o perigo de se ouvir a multidão está em At. 12-21; 23. Herodes envaideceu-se porque o povo comparava a sua voz com a voz de Deus e terminou sendo fulminado (isso sem contar a parte dos bichos!). Tem muitos crentes que deixam de seguir as orientações do Pai para dar ouvidos á multidão. Quando Deus nos orienta, sabe muito bem o que faz por mais esdrúxula que Sua ordem pareça.

Por fim, andemos até Cristo e, melhor, andemos com Cristo sem esquecer da nossa tarefa de levar outros a fazerem o mesmo até que nossa carreira se complete.


Deus Atende Desejos ou Necessidades?