segunda-feira, 20 de junho de 2011

A Multiforme Graça de Deus (1Pe 4-10)

O dicionário nos explica que multiforme quer dizer: que tem ou é capaz de tomar várias formas; que se manifesta por diversos modos. Já graça significa: benevolência; favor; mercê; perdão.

Teologicamente aprendemos que graça é o favor imerecido de Deus para conosco. Meu pastor, em uma de suas pregações, nos exortou a toda vez que estivermos diante da palavra graça em qualquer passagem das Escrituras, nos submeter a seguinte reflexão: "graça, eu não mereço, mas eu preciso."

Queridos, de acordo com o texto áureo em que se baseia esta reflexão, eu vos convido a tomar posse dessa graça! Sigamos o conselho do Apóstolo Paulo em 2Tm. 1-1 e nos fortifiquemos nela!

Em 2Co. 4-10 está escrito que as armas espirituais são poderosas em Deus para destruição de fortalezas e muitas vezes as mesmas se encontram em nossas mentes. Sejamos sóbrios e vigiemos porque o inimigo de nossas almas procura a todo tempo nos tragar e o centro da nossa vontade é um dos seus alvos preferidos. Isto vos escrevo não para causar-lhes temor, mas como alerta! Examinemos as escrituras porque nelas há ensinamentos para a vida eterna e são elas que testificam do Senhor Jesus Cristo, que é a graça revelada do Pai.

Entendendo o que é a graça de Deus e as diversas maneiras pelas quais ela se manifesta, teremos em mãos uma poderosa arma contra as astutas ciladas do diabo. Ele tem interesse em que fiquemos ignorantes acerca de quem somos e o que temos, por intermédio de Cristo, nas regiões celestiais.

É pela graça que somos salvos, através dela, alcançamos perdão. É pela graça que o nosso Deus nos vê com seus olhos bondosos de Pai. Examinando os capítulos quatro e cinco do livro de Hebreus, concluiremos que, pela graça, também encontramos escape diante das tentações; lá também está escrito que temos um Sumo Sacerdote que se compadece de nossas fraquezas e que pelo Seu exemplo podemos viver uma vida sem pecado. Que graça maravilhosa!

Semelhantemente, pela graça , a misericórdia de Deus se manifesta em nossas vidas, por isso nos acheguemos com confiança ao Trono da Graça sem nunca nos esquecer que, apesar de não sermos merecedores, o Senhor nos honrou com sua graça e melhor ainda: de graça! 

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O que é adorar?

Você sabe o que é adorar?
Adorar é venerar; prestar culto; idolatrar,
Ó que vasto vocabulário!
Adorar é isso tudo, assim diz o dicionário.
Adorar! Bem mais que um verbo,
Um provérbio, um advérbio.
E no seu imperativo: adore!
Cante, chore, não se acanhe!
Deixe que o nardo puro se derrame!
Ajoelhado, de mãos dadas, ou orando baixinho.
Adorar é amar, se entregar,
De corpo alma e coração;
Com toda força e entendimento.
Adorar é se doar, se consagrar,
Como sacrifício santo em culto racional,
Para exaltar aquele que nos amou primeiro.
Esta sim é a essência de um adorador verdadeiro!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Apenas Seguia

A tendência maior que temos ao lermos os evangelhos de Nosso Senhor Jesus Cristo é prestarmos atenção nas atitudes inusitadas de personagens como Zaqueu, a mulher Cananéia, o centurião de Cafarnaum e alguns outros.
Mas, o que dizer da grande multidão que APENAS seguia o Mestre? Há grosso modo, alguns poderiam argumentar que, pelo fato de esse aglomerado de pessoas ser conhecido como seguidor de Cristo sem, contudo se encaixar no conceito de adepto ou partidário, coisa alguma em seu comportamento merece destaque, porém assim como a Palavra de Deus nos dá exemplos a serem imitados, sou levada a pensar que o testemunho destes meros seguidores do Messias deve ser inserido na lista daqueles a quem nós não devamos tomar como modelo.
Confesso que até pouco tempo eu também ignorava a dita multidão. O que me despertou para o fato foi a letra de uma música e eu, como todo bom bereano, examinei as escrituras. O prêmio foi uma enriquecedora revelação de Deus para mim nesse sentido. Posteriormente, o Espírito Santo me guiou a usar esse conhecimento em uma pregação num culto doméstico.
Somos chamados para ser luz e sal nesta terra, todavia em coisa alguma faremos diferença tendo um contato superficial com nosso Salvador.
Na leitura da passagem bíblica encontrada em João 6, versículos 1 e 2, e, neste mesmo capítulo, os versos 22, 23 e 24, nota-se que o autor se refere a um grupo de pessoas que acompanhava Jesus, mas sua participação em seu ministério se limitou a assistir e se maravilhar com os sinais e milagres por ele operados sem, entretanto esses eventos mudarem suas trajetórias de vida e, no mesmo contexto, os interessados em “se servir de Deus”.
Atualmente, o Senhor Jesus continua a operar milagres pelas mãos daqueles que nele crêem (Mc 16-17 e 18; Jo 14-12), mas, infelizmente, muitas igrejas estão cheias de meros “seguidores” do Rabi.
Um verdadeiro adepto de Jesus Cristo não se contenta em APENAS SEGUIR o mestre. Ele trabalha para chegar à estatura de varão perfeito (Ef 4-13), tomando também por base as atitudes dos heróis da fé.  Assim agindo, desfruta das bençãos advindas do fato de sermos co-herdeiros em Cristo e faz com que o Pai seja glorificado no Filho (Jo. 14-13).

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Nota ao Profeta

Alegra-te, profeta, na tua solidão!
Descalça teus pés e pisa o lugar santo,
Desce à Casa do Oleiro,
Pois o Senhor teu Deus falará contigo!
Lembra-te que foi Ele, e não tu, quem o escolheste.

O Seu Espírito por ti arde em ciúmes,
Pois é Deus Zeloso, e não quer te perder!
Então aproveita o momento e estreita teus laços com Ele;
Põe tua cara no pó, se prostra,
Pois assim verás a Glória do teu Deus!

Teus frutos crescerão tal e qual ao da árvore plantada
Junto à ribeiros de água, e o inimigo fugirá de ti.
Em adoração profética arrancarás o bronze dos céus,
E a tua voz se unirá ao coro celestial,
Que de dia e de noite adora ao Santo,
Que habita em meio aos louvores

Ele preencherá o vazio de teu coração,
E refrigerará tua alma.
Não te esqueças,
Grava nas tábuas de teu coração,
Que ainda que teu pai e tua mãe te abandonem,
O Senhor, teu Deus, jamais olvidará de ti!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

“... O amor de muitos esfriará.” (Mt 24-12).


Certa feita eu estava conversando com dois jovens que, á época, trabalhavam com música na igreja, assim como eu.
O papo começou descontraído. Os dois mancebos, apesar de serem, pelo menos, uma década mais jovens do que eu, tinham muito a me ensinar sobre música, principalmente a respeito do que acontece nos bastidores.
Falar do que se desenvolve por detrás das cortinas levou nosso diálogo a um outro patamar. Aqueles dois jovens começaram a parecer menos jovens para mim e, à medida que suas feições se contraiam enquanto suas bocas despejavam amargura, decepção, incredulidade e afins, meu ser se enchia mais e mais de espanto e a única coisa que me vinha à mente era como todo aquele negativismo podia proceder de dois corações de tão pouca idade.
Confesso que tentei contestar seus argumentos, incutir-lhes uma visão um pouco mais otimista em relação à vida e à expansão do Evangelho do reino nesta terra, porém não fui bem sucedida na empreitada. Em um dado momento um deles chegou a dizer que eu só falava daquele jeito porque “vivia em meu mundinho de...” e citou o nome de duas cantoras gospel muito famosas.
Mesmo com o rosto fervendo devido a uma grande descarga de adrelina, achei que seria mais sábio de minha parte dar o assunto por encerrado e pedir licença para me retirar.
Naquela mesma noite, já em casa, a parte desagradável do ocorrido teimava em deixar meus pensamentos e, mesmo não perguntando a Deus diretamente o porquê daquilo, ele me levou a refletir sobre a referência bíblica encontrada no título deste relato.
Aqueles dois jovens, assim como muitos cristãos da igreja contemporânea, lotam os bancos de suas respectivas congregações, cumprem fielmente a sua “agenda” de compromissos eclesiásticos, mas a verdade é que o amor se esfriou, tal e qual predisse o Mestre.
Escândalos em nosso meio tem esfriado o amor de muitos, porém grande parte deles, não se “desviam” totalmente do evangelho temendo o inferno ou simplesmente por achar que continuar a freqüentar os cultos, dizimar, ofertar ou até mesmo ocupar um cargo na igreja, irá protegê-los do diabo da mesma forma que um guarda-chuva em meio a um temporal.
Essa reflexão me trouxe outros benefícios além de me inspirar a escrever este texto, contudo a mais importante lição que pude tirar deste episódio foi a de desviar os meus olhos do homem e focá-los em Cristo. Assim procedendo, jamais deixaremos de viver a plenitude do evangelho ou correr o risco de passar toda a nossa vida como o irmão do filho pródigo, que tinha as posses de seu pai a sua disposição, entretanto não gozava de coisa alguma.

Deus Atende Desejos ou Necessidades?