Bendito seja o Senhor nas
alturas hoje e para todo o sempre, e bendito seja nosso Senhor Jesus Cristo,
Seu Filho Amado em quem Ele se compraz e em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência (Cl 2-2;3)!
Regozijo-me em
Deus a cada vez que algo novo me salta à mente quando do exame das escrituras e,
na manhã deste dia, aprouve ao Pai, por intermédio de Seu Santo Espírito me
ensinar essa importante lição, á qual tenho o prazer de dividir com meus
leitores: a Bíblia Sagrada é capaz de nos trazer diversas situações com as
quais podemos ilustrar a caminhada com Jesus e aqui, neste estudo, apresento
uma delas que me atrevi a denomina-la tal e qual se mostra o título deste
relato: “Andar até Jesus”.
Antes de tudo,
se faz necessário apresentar um conceito para a expressão: “andar até”
significa locomover-se; ir ao encontro de. Agora, analisemos juntos três exemplos
bíblicos que, em minha opinião, melhor ilustram a temática deste estudo:
Mt. 9-20;22: neste
trecho encontramos narrado um dos mais famosos feitos de Cristo durante sua
vida terrena: a cura da mulher que padecia do fluxo de sangue. Imaginem como
não deveria ser a vida desta pessoa! Pelo que conhecemos das leis e costumes
daquele povo e daquela época, ela, no mínimo, deveria ser considerada impura. Atrevo-me
também a imaginar o quão solitária e desesperançosa era a sua existência. A parte
“B” do verso vinte e um nos conta que ela pensava consigo mesma que bastava que
pudesse tocar nas vestes de Cristo para alcançar a cura. O evangelista Marcos
relata o episódio com maior riqueza de detalhes, inclusive fazendo menção à
grande multidão que apertava o Mestre nos fazendo assim compreender melhor o porquê
de a mulher considerar a possibilidade de apenas alcançar as suas vestes. Vê-se
que muitas vezes esperamos que Deus nos conceda uma benção de maneira “espetaculosa”,
mas veja que exemplo de fé e por que não dizer de perseverança, uma vez que
essa pessoa padecia de uma enfermidade que certamente lhe impunha limitações
físicas. Seu gesto de tocar as vestes do Salvador foi tão “simples”, entretanto,
a graça alcançada, incomensurável.
Mt. 15-21; 28 –
A mulher Cananeia: este é mais um caso em que a persistência e a perseverança
são de grande valia na vida de um cristão e por que não fazermos um “link” com
o que está escrito em Hebreus 11-1? “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas
que se não veem.” Assim sendo, apresento-lhes a razão deste trecho da carta aos
Hebreus ter me saltado à mente: o versículo vinte e três da passagem constante
do início deste parágrafo nos conta que Cristo não lhe respondeu palavra. Em outros
termos, podemos também dizer que ele a ignorou, porém como lemos em Hebreus “...
o firme fundamento das coisas que se não veem.” O aparente descaso de Jesus
quanto ao seu clamor não a abateu. Ela não se deixou vencer por aquilo que seus
olhos viram, mas sim prosseguiu com seu intento a ponto de, aparentemente,
incomodar os discípulos. A reação de Jesus à petição feita por seus liderados
foi argumentar que, por assim dizer, aquela mulher pretendia gozar de um
privilégio que não lhe pertencia, contudo a Cananeia não se fez de rogada e com
a célebre frase: “Os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus
senhores”, atraiu para si não só a admiração de seu interlocutor mas também o
milagre que tinha ido buscar. Reparem que aqui também não houve nenhum acontecimento
fora do comum. A fé foi a chave da vitória.
Mc 10-46; 52: aqui o
personagem central é Bartimeu, o cego de Jericó. O texto relata que se
encontrava ele mendigando junto ao caminho ao perceber que era Jesus quem
passava e então passou a bradar em busca de Seu favor e não se calou mesmo
diante da pressão dos muitos que o repreendiam (v.48). Ainda bem que ele não ouviu
a voz da multidão, senão teria perdido o que talvez fosse sua única chance de
mudar sua sorte. Ouvir a multidão, aliás, é algo que geralmente não termina bem,
biblicamente falando. Vejam o caso de Arão em Êxodo 32. Parafraseando o Robin,
companheiro do Homem-Morcego, “santo coração duro, Batman!”, pois vai ser
incrédulo assim lá longe! Toda vez que leio essa passagem fico indignada. Como
é que um povo testemunha tão grandes sinais da existência do Senhor, bem como
de Seu grande poder e depois tem a coragem de requerer que um deus seja fabricado!
E Arão?! Será que ele não parou para arrazoar nem um pouquinho acerca do que
lhe pediam?! Moisés era seu irmão e ainda por cima foi ele também um
instrumento de Deus ante a faraó. Outro episódio que muito bem ilustra o perigo
de se ouvir a multidão está em At. 12-21; 23. Herodes envaideceu-se porque o
povo comparava a sua voz com a voz de Deus e terminou sendo fulminado (isso sem
contar a parte dos bichos!). Tem muitos crentes que deixam de seguir as
orientações do Pai para dar ouvidos á multidão. Quando Deus nos orienta, sabe
muito bem o que faz por mais esdrúxula que Sua ordem pareça.
Por fim, andemos até
Cristo e, melhor, andemos com Cristo sem esquecer da nossa tarefa de levar
outros a fazerem o mesmo até que nossa carreira se complete.
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