sábado, 12 de março de 2016

No Buzu

Mermão, vida de pobre é mesmo uma “lá ela”! Primeiro, fui dormir sem chamego. A nega viu a mensage da pire no zap, tentei explicar que os esquema não era pra mim, mas num adiantou: ela pintou-lhe a p... comigo e me expulsou do quarto. Dormi no sofá apertado, um calor da disgriça e as muriçoca ziiiimmm no meu ouvido, parcero! Pense aí!

De manhã, eu na bruxa já, atrasado pro trampo, doido procurando meu pisante, quando vejo, ta a ela do cachorro mastigando os cadarços! Rumeila disgriça e o bicho saiu: caim, caim, caim... e a Nega levantou azuada só faltando me chamar de Santo Antonio e rapadura. Peguei minha p... com cadarço ruído mesmo e vazei.

Peguei o buzu pra dá a volta pensando que ia conseguir ir sentado, quem viu?! O bicho já veio lotado que só a p... Entrei nas manha, ta ligado! O cobra é meu parcero das antiga e aí a gente começou a trocar umas ideia.

No ponto do Iguatemi, entraram umas novinha e eu viajei, parcero. Era umas morena, no grau, ta entendeno? Fiquei tão viajano nas novinha que nem vi porque onda o motô deu um daqueles freio de arrumação. Fui parar detrás de um polícia que tava próximo da porta de saída e pra não me lascar mais do que eu já tava lascado, cabei passando os braços ela cintura dele. Parcero! Pense num cara bolado, foi o polícia, véi! Ele se virou na bruxa me perguntando se ele tinha cara de boiola pra eu sair assim agarrano e aí eu disse: “foi mal autoridade! Mas é que o senhor é tão grande que a cintura foi onde deu pra alcançar.” P..., antes eu não tivesse dito nada! O polícia ficou mais puto ainda e me meteu um tapão na caixa dos peito. Fui catar ficha entre o povo que tava no meio do buzu. Quem não saiu debaixo a tempo, recebeu a rebordosa.

Depois disso, começou um fuzuê da disgrama. Teve gente que ficou contra mim, outros contra o polícia, outros até achando que ele era boiola mesmo e tava bancando de homem só pra disfarçar. Teve tamem uns que se tiraram de valente, parcero e incharam pra cima do polícia, que tirou logo o berro da cintura e os macho viraram tudo moça. A zuada continuou até que alguém gritou: “leva pro módulo” e os que num gostaram: “ah não!” e eu, mermao, fiquei foi no meu canto com a caixa dos peito ardendo e o coração no da cobra com medo do polícia querer me picar a p... pra terminar de descarregar a raiva.

Chegando perto do módulo, o polícia abriu caminho entre o povo e me panhou pelo pescoço. Eu gritei: “péra aí, autoridade, que eu to colaborano, num precisa o senhor apertar tanto não!” Ele nem me deu ligança. Colocou aquela mãozona, grande que só a p...,  por detrás do meu pescoço e lá vai a gente.


No módulo tinha mais dois polícia e um deles quando viu aquela ruma de gente se aproximando começou a alisar o cassetete e eu já comecei a pensar nele dando no meu lombo com aquilo. Foi aí mermão que a sorte me sorriu, se é que essa disgriça existe e tem dente: veio de lá um pivete saído num sei de que buraco, se pendurou no polícia e largou-lhe uma dentada no braço do cara véi! Sinistro! Ele deu um gritão e me largou e eu fiquei meio estatalado assim. Foi aí que uma mulher segurou no meu ombro e me sussurrou: “vaza!” E o que eu fiz? Obedeci! Tampei-lhe o pé a correr e nem olhei pra trás.

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