terça-feira, 12 de julho de 2011

Fé e emoção são a mesma coisa?

Em Hebreus 11-1 está escrito que a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se vêem. A emoção, em contrapartida, é definida como sendo um abalo moral ou afetivo; uma perturbação, geralmente passageira, provocada por algum fato que afeta o nosso espírito. Agora, comparemos: se a fé é um FIRME FUNDAMENTO e a emoção é um  ABALO geralmente PASSAGEIRO, como podemos nós cristãos confundir uma coisa com a outra?! Por isso que o Senhor Jesus nos advertiu: "Acautelai-vos, que ninguém vos engane." (Mt. 24-4) e ainda, o Espírito Santo, por intermédio do Apóstolo Pedro, nos diz: "Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar." (1Pe. 5-8).
O inimigo tem destruído, desviado e limitado a vida espiritual de muitos fiéis por causa da confusão que se faz com o significado destes dois vocábulos. Há pessoas que quando acordam dispostas e felizes, sentem-se com mais fé; quando a situação se inverte, achegam-se à incredulidade. Podemos extrair da Bíblia Sagrada diversos tipos de fé, contudo a que somos ensinados a exercitar não é a do tipo "sanfona". De igual modo é errôneo orar ao Senhor pedindo que Ele aumente a nossa fé. Isso não existe! Podemos sim, peticionar ao Criador para que sejamos aperfeiçoados nesta área e também nos concentrar no que a palavra nos exorta a esse respeito: "a fé vem pelo ouvir e o ouvir a Palavra de Deus." (Rm.10-17). Assim sendo, aquele que deseja crer com mais eficácia deve buscar esse aperfeiçoamento na Palavra. O Senhor distribui os dons por medida; com a fé não é diferente (Rm.12-3 e 6).
Lembremo-nos que Cristo nos disse em Mt 17-20, que aquele que tivesse a fé do tamanho de um grão de mostarda seria capaz de mover um monte. Por que então ficarmos preocupados com o tamanho da medida de fé que recebemos?! Melhor coisa é que nos concentremos no que ela é capaz de realizar, pois a fé é a vitória que venceu o mundo (1Jo. 5-4).
Ainda neste mesmo raciocínio, do mesmo modo que é enganoso pensar que fé e a emoção são análogas, é ser levado a crer que nosso estado de espírito é diretamente proporcional à nossa comunhão com o Senhor. Estarmos alegres ou tristes não influencia no fato de Deus estar perto ou longe de nós. Isso pode ocorrer por causa de outros fatores, todavia a aproximação ou a distância, de certa forma, depende de nós. Fomentar tal linha de pensamento é como comparar o caráter de Deus ao nosso. No eterno não há sombra de variação (Tg 1-17). Se Ele prometeu que estaria conosco todos os dias até a consumamação dos séculos, assim o será! Da mesma forma, se está escrito em Jr. 23-23 que Ele é Deus de perto e Deus de longe, logo por que duvidar?!  O Senhor vela para que sua Palavra seja cumprida, pois não é homem para que minta, nem filho do homem para que se arrependa.
Não posso garantir que, ao adquirir esse conhecimento, ficaremos imunes às variações de humor, seja elas causadas pelas pessoas que nos cercam ou por pressão da realidade à qual estamos inseridos, mas ter essa consciência nos auxilia a tomar uma aitude diferente e, neste caso, nada melhor para restaurar nossa paz interior e nos trazer de volta ao equilibrio do que a oração. Principalmente por causa do que está escrito em Fp. 4, versos 6 e 7.


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