quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Vaidade e Aflição de Espírito

Vaidade de vaidades! Diz o pregador, vaidade de vaidades! É tudo vaidade.
O que vai de encontro ao curso deste mundo vê, com os olhos do Senhor, a vaidade das vaidades consumindo almas, desqualificando vidas e destruindo lares. Dissimulados vão à mídia clamar por justiça ao tempo em que promovem eles mesmos a iniqüidade.
O escândalo infiltrou-se em meio às autoridades, os idólatras estão no templo e Jeová me pergunta o que vejo e me assegura que ainda verei abominações maiores do que estas.
O enganador propaga e, muita gente acredita, que “careta” é aquele que não usa drogas, que o otário é o bondoso juntamente com o honesto; a moça que escolhe se guardar para o esposo é “cafona” e o rapaz que não se estabelece como “pegador” tem sua masculinidade questionada.
Tudo isso é vaidade e aflição de espírito daqueles que semeiam erva daninha e esperam colher cerejas, dos que edificam para si casas alicerçadas na areia e depois não entendem porque estas cedem à tempestade. Na vaidade de sua mentes vivem eles sem temer o amanhã.
Que vantagem tem o homem de todo o seu trabalho debaixo do sol, procurando ajuntar apenas o que a traça rói e o que a ferrugem consome, prontos a ignorar que o temor ao Senhor é o princípio da sabedoria?
A competição predatória tem seu habitat em um oceano vermelho às custas do vigor desta geração perversa e corrupta, onde gemem os filhos de Deus. Eles ouvem nosso gemido, mas não entendem de onde vem o nosso socorro; invejam o viço de nossa pele e não compreendem a razão de nossos vestidos não envelhecerem e nem ficarem descalços os nossos pés.
Apliquei meu coração a esquadrinhar e a me informar de tudo quanto sucede debaixo do sol; esta enfadonha preocupação do filho do homem. Eis que tudo é vaidade e aflição de espírito. Na muita sabedoria há enfado e o que aumenta em ciência, aumenta em trabalho.
Isto tenho visto e ouvido, e disse eu em meu coração: “não me conformarei com este mundo, antes me transformarei na renovação de meu entendimento para que eu saiba qual é a boa, perfeita e agradável vontade de Deus durante o número de dias de minha vida”.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Memórias de menino



Eu tinha entre seis e sete anos quando me entendi por gente. Sou o mais velho de uma ninhada de três. Tenho uma irmã do meio que vive no mundo dela e uma irmã caçula que nasceu com uma “porção de menino.” Digo isso porque ela sempre estava disposta a brincar comigo não importando o quão masculino o folguedo fosse. Desfrutamos grandes aventuras juntos jogando bola, empinando pipa ou viajando por esse Brasil afora em nosso ônibus mágico, que na verdade era o pedal da máquina de costura de nossa mãe.
Eu vivia minha vidinha normal de menino até que um dia minha mãe me acordou cedo e me mandou tomar banho, pois eu tinha que ir à escola. Eu não sabia o que escola significava e estranhei o fato de ela não ter acordado também as minhas irmãs uma vez que saíamos sempre juntos, porém não a questionei, só obedeci.
Na hora de me vestir, outra surpresa: ao invés de minha roupa de domingo ela me trajou com um conjunto branco e vermelho e no lugar do meu kichute, um par de congas. Era segunda-feira e o sol brilhava tímido no céu. Por onde passávamos, víamos a agitação das outras pessoas que, assim como nós, estavam felizes pelo astro rei ter decidido sair de detrás das nuvens. A cidade onde morávamos era muito fria e chuvosa por isso toda vez que um traço azul aparecia no céu era motivo de festa para nós.
Ao chegarmos na tal escola, minha mãe enfiou um boné na minha cabeça. Ele era vermelho igual ao short do uniforme que eu usava. Sem pensar duas vezes, eu o arranquei de cima de mim, pois sempre detestei qualquer coisa por sobre o meu crânio. Ela contava que era uma luta manter minhas orelhas aquecidas, na época em que eu era bebê, já que eu não gostava de usar gorro.
Minha atitude me valeu uma baita bronca e o alerta de que não me era permitido ficar sem o boné dentro da escola assim como não podíamos conversar durante a missa. À contragosto, enterrei o maldito boné de novo em minha cabeça. Depois disso, uma senhora nem gorda e nem magra trajando um avental azul claro veio nos receber. Ela sorriu para mim e me perguntou meu nome e, ao responder Reinaldo, ela beijou-me a testa e me desejou boa sorte. Em seguida, nos conduziu pelo interior de um corredor mal iluminado. Depois dele vinha uma área de convivência cujo piso era cor de grafite. Nós a atravessamos e fomos parar junto a uma porta de duas abas que dava acesso a um outro corredor, bem menor do que o primeiro. Caminhamos dentro dele até pararmos em frente a uma porta azul que se escancarou tão logo a funcionária bateu. De dentro dela surgiu uma mulher branca e alta, de cabelos castanho médio e olhos claros. A mulher de avental apresentou-nos e foi-se embora arrastando as gastas chinelas de couro. Em seguida, a mulher de olhos claros e minha genitora trocaram algumas palavras depois voltaram a atenção para mim. A estranha elogiou meus dotes físicos e, agachando-se perante mim, quis saber como me chamava. Eu respondi extasiado, pois até então não havia notado o quanto era bela. Seu nome era Natália, como uma de minhas tias.
Terminado aquele primeiro momento, ela nos conduziu para dentro do recinto e, após a entrada de minha mãe, lacrou novamente a porta. Estavam ali aproximadamente uma dezena e meia de crianças vestidas iguais a mim. A maioria delas chorava e eu me perguntava por que, mas depois comecei a achar que, assim como eu, elas deveriam estar odiando, aquela história de ter que usar boné.
Passados alguns instante, minha mãe veio dizer-me que já ia embora e que viria me buscar mais tarde. Eu fiquei quieto assistindo D. Alice deixar a sala e depois a mulher bonita, de quem recebi a ordem de tratá-la como professora, veio a mim e me pediu para escolher um lugar para sentar. Eu tirei minha mochila improvisada das costas e sentei próxima a uma garotinha parecida com minha prima Nininha. Ela sorriu pra mim e notei que ela estava banguela. Do outro lado tinha um garotinho sardento que quando percebeu que a sósia de prima Nininha me fazia um gracejo, começou a mostrar-lhe a língua. A criaturinha de bochechas rosadas que depois descobri chamar-se Rebeca, devolveu-lhe a “gentileza”. Os dois ainda ficaram se estranhando um bom tempo até que a professora mandou a gente sentar no chão em círculos a fim de ouvirmos uma historinha. Rebeca me puxou para sentar junto dela e eu me deixei levar feito aqueles vira-latas que às vezes seguem a gente na rua. Pra pirraçar, o garotinho sardento nos seguiu e achou de sentar-se junto a nós e a hostilidade entre os dois voltou a se manifestar, desta vez debaixo dos atentos olhos da professorinha de olhos da cor do mar. Ela separou nós três e fiquei o resto da aula me sentindo estranho por causa disso.
No dia seguinte, voltei sabendo finalmente o que significava ir à escola e esse saber me deixou bastante contente. Até então eu via meu pai passar grande parte do fim de semana devorando livros que não tinham figuras me levando a imaginar o que tinha de tão especial neles. Descobri que indo ao colégio eu iria aprender a ler e daí fui mais feliz.
Encontrei meus dois coleguinhas acomodados nos mesmos lugares de outrora. Eles não prestaram muita atenção em mim, pois estavam ocupados trocando ofensas.
Assentei-me e tirei do bolso uma bala que Tia Natalinha havia me dado no sábado. Os dois pararam de se agredir no instante em que me viram desembrulhando a guloseima. Sorri para os dois e enfiei o doce rapidamente na boca. Os Eles se entreolharam frustrados e se ajeitaram em suas cadeiras. Desse dia em diante eu passei a buscar todo tipo de subterfúgio para pôr um fim a rixa dos dois. Depois de um tempo, comecei a usar as palavras mesmo, mas as coisas só entraram nos eixos no dia em que Eugênio também perdeu um dente, dando a Rebeca a oportunidade de pagar-lhe na mesma moeda todo o constrangimento por que passou.
Entrar para a escola também elevou o meu moral na vizinhança. A maioria dos meus amigos não passavam de pirralhos que não haviam atingido a idade escolar mínima e eu podia ver a inveja estampada em seus olhos ao me ver passar uniformizado. Minha mãe exibia orgulhosa minhas notas e as congratulações por escrito que recebia por conta de meu bom comportamento, contudo seu contentamento crescia inversamente proporcional a meu desapontamento. Desde o primeiro dia de aula eu pelejava em decifrar as histórias armazenadas nos impressos que lotavam a estante da sala, mas as cores, formas e vogais que a professora Natália me ensinava em nada me valiam nessas horas. Esse desagradável sentimento me torturou até que um dia desatei a chorar e papai veio em meu socorro. Sentado em seu joelho, confessei-lhe o quanto não saber ler me chateava e indaguei-lhe o por que de as lições de minha linda mestra não me capacitarem para a tarefa. Em resposta, o velho Juarez me beijou carinhosamente e me incentivou a continuar sendo um aluno aplicado, pois conhecer as vogais e, posteriormente, todo o alfabeto me tornariam hábil a formar sílabas e, depois destas, as palavras. Ele não me explicou o que é uma sílaba, porém isso em nada atrapalhou o efeito calmante que sua explanação me causou: daquele dia em diante, esqueci-me dos livros de adulto e voltei minha atenção para aquilo que eu realmente dominava: as cores, formas e vogais.
A realização de meu sonho aconteceu um ano depois, em 1981. Tornei-me assíduo freqüentador da biblioteca da escola e era como se os livros de papai tivessem deixado de existir. Lembrei- me deles por acaso, no dia em que minha mãe recebeu a visita de uma amiga que há tempos não via. Ela jubilou-se quando D. Alice lhe participou minha evolução escolar, e, para testar-me, retirou um documento alaranjado de dentro da bolsa e me pediu para ler o que estava escrito dentro de um retângulo na margem inferior da folha.
Quando terminei, ela bateu palmas e me tascou um beijo molhado. Depois disso, perguntei a mamãe se podia voltar para o meu quarto onde minha irmã caçula me aguardava a fim de continuarmos nosso duelo de karatê. No caminho, a retrospectiva mental do episódio recém vivido me fez recordar das fileiras literárias de papai. Um radiante sorriso me enfeitou o rosto, pois tive a sensação de que já estava pronto para algo mais “adulto” haja vista eu ter conseguido ler uma fração do documento da amiga de minha mãe. Passei o olho em todos eles auxiliado pelo meu indicador direito e escolhi o mais fino da última prateleira: “O Grande Gatsby”. Tinha eu oito anos de idade.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A Timidez


A Timidez ou o Acanhamento pode ser definida como o desconforto e a inibição em situações de interação pessoal que interferem na realização dos objetivos pessoais e profissionais de quem a sofre. Caracteriza-se pela obsessiva preocupação com as atitudes, reações e pensamentos dos outros. A timidez aflora geralmente, mas não exclusivamente, em situações de confronto com a autoridade, interação com algumas pessoas: contato com estranhos e ao falar diante de grupos - e até mesmo em ambiente familiar.
A timidez é um padrão de comportamento em que a pessoa não exprime (ou exprime pouco) seus pensamentos e sentimentos e não interage ativamente. Embora não comprometa de forma significativa a realização pessoal, constitui-se em fator de empobrecimento da qualidade de vida. Deste ponto de vista, a timidez não pode ser considerada um transtorno mental.
Aliás, quando em grau moderado, todos os seres humanos são, em algum momento de suas vidas, afetados pela timidez, que funciona como uma espécie de regulador social, inibidor dos excessos condenados pela sociedade como um todo, ou micro-sociedades.
A timidez funciona ainda como um mecanismo de defesa que permite à pessoa avaliar situações novas através de uma atitude de cautela e buscar a resposta adequada para a situação (Fonte: Wikipédia).
Meus queridos, eu nasci tímida e, nesse instante, não consigo encontrar outra expressão para quantificar o quanto esse mal me afligia senão a popular “bicho do mato”. Quando eu era bem pequena, vivia agarrada à saia de minha mãe. Ela ainda guarda algumas fotos (as que eu não consegui destruir) em que transparecia o meu jeito acanhado de ser. Um ambiente com várias pessoas me constrangia tanto que eu até passava por mal educada ou arrogante, pois me era dificultoso ao extremo abrir a boca para proferir um simples “bom dia”.
As coisas só começaram a mudar quando me conscientizei de que esse acabrunhamento era uma barreira ao meu desenvolvimento. Perdi algumas boas chances no mercado de trabalho porque a timidez me fez falhar na entrevista. Antes desse despertamento, eu  necessitava da influência de terceiros para “funcionar” e, diga-se de passagem, 80% delas foram muito constragedouras e desagradáveis.
Tornar-me uma cristã e, consequentemente, conhecer a Palavra de Deus, foram para mim duas importantes ferramentas para enfrentar esse inimigo (há coisa pior do que lutar consigo mesma?!). A revelação descrita em Ap.21-8, me assustou um pouco, mas depois o Espírito Santo foi me fazendo ver o que é ser tímido aos olhos de Deus. Isso me trouxe conforto, contudo não me fez desistir do intento de melhorar meu tato social.
Esse horizonte ampliado me inspirou a fazer um estudo sobre o assunto e, em 2007, ano em que integrei a diretoria da União de Jovens de minha congregação, como Diretora de Programa, eu o apresentei e a ocasião foi maravilhosa! Ouvi diversos testemunhos, compartilhei experiências e depois apliquei um pequeno, mas muito interessante e revelador teste escrito, a fim de que a audiência pudesse se auto-avaliar nesse quesito.
Ao final dele, li 2Tm.1-7 e lembrei aos presentes quem é e para que serve o Espírito Santo na vida do crente. Eu ainda não me considero uma ex-tímida, mas em compensação sei que fiz progredi bastante e me apego à passagem citada e também a muitas outras da Bíblia Sagrada toda vez que me sinto na iminência de “travar” por vergonha. Ser cristão não é para covardes e tem momentos que tudo parece conspirar contra nós, entretanto é nessas hora que o Espírito entra em ação. A carne milita tentando nos manter estagnados, mas o Espírito de Deus diz: “Vai!” e a gente tem que ir! Com as pernas tremendo, o coração quase saindo pela boca ou com as mãos geladas, não importa, temos que avançar! “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me”(Lc 9-23).
Pode parecer difícil, meus amados, mas não é impossível. Temos Jesus para nos espelhar, temos os amigos e os irmãos para nos ajudar (mesmo que o auxílio “doa” um pouquinho). O que não podemos é deixar o inimigo usar isso contra nós, muitos menos enterrar os talentos que Deus nos deu. Recordemo-nos de que seremos cobrados por isso (Mt 25-16;29).

domingo, 24 de julho de 2011

Carta a meu amado

Amado meu, nao sabes o quanto
Que por ti espero, não sabes o quanto
Que por ti eu choro.

Parte de minh'alma! Pedaço de mim!
Quando será que nosso Deus,
Te trará para junto de mim?
O que nos falta, meu querido?!
Para não mais ficarmos distantes assim?!

Qual determinado é o tempo?
O tempo do tempo, o tempo do propósito,
Debaixo do sol, o tempo,
Aludido tempo, para que não caiamos no anzol?

O que nos resta pedaço meu?
Crer que eu sou tua e que tu és meu!
Crer que basta dia, e que o cair
De mais um dia nos afasta
Afasta da dor, do não resolvido, da solidão;

Encontrar-te ei um dia, ó meu varão!
E assim juntos, unidos seremos um
Uma só carne, um só coração, uma só fé
Deixando para trás o deserto,
Assim como Josué,

E pela Canaã do amor
Juntos caminharemos e
Ao Eterno glórias e aleluiais renderemos
Por me escolher para ti, e tu para mim
Para então em uma família nos transformar,

E esta firmada na Rocha para sempre estará,
No Estatuto do Altíssimo, na Lei do Senhor
Vem! Eu te chamo, onde estás meu amor?!
Tua amada te aguarda, persevera por mim!
Clama, chora, suplica!
Quebranta teu coração assim!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

A Liderança de Neemias

A leitura dos treze capítulos do Livro de Neemias nos revela, primeiramente, o quão determinado este personagem bíblico era. Essa mesma determinação o leva, após ter recebido a permissão do rei para tanto, a iniciar seu regresso a Jerusalém, dando assim o pontapé inicial ao seu projeto.
Como empreendedor, deu exemplos invejáveis de planejamento e organização, fatos que podem ser observados, inicialmente, na vistoria que realizou em companhia de uma parte de seus colaboradores (cap. 2, a partir do verso 11) e mesmo diante do aspecto devastado da cidade não se abateu. Ao invés disso, aplicou um discurso motivador àqueles que o cercavam na ocasião, recebendo em troca o escárnio de alguns, porém permaneceu com o mesmo espírito. Esse mesmo enfoque segue a narrativa até o final do capítulo três onde podemos notar que o profeta mantinha relatórios detalhados de todo o trabalho que vinha sendo executado.
Do capítulo quatro em diante podemos por assim dizer que seus atributos de líder começaram a ser postos a prova diante da reação de seus inimigos por causa da prosperidade do empreendimento. Mais uma vez Neemias lançou mão da fé e da determinação que o motivava e tratou de contagiar os seus com essas poderosas ferramentas para que não desfalecessem. No capítulo cinco, fez uso de um recurso que não deve ser menosprezado por ninguém que almeja liderar com excelência: um colaborador sente-se muito mais empolgado a cumprir zelosamente suas tarefas quando percebe que o seu superior imediato preocupa-se com suas necessidades. Restaurar os muros e reedificar a cidade era o desejo do coração do empreendedor, contudo ele não se esqueceu de que seus liderados também possuíam suas preocupações individuais. Um trabalhador rende muito mais em seu serviço quando tem certeza de que há alguém velando, não só pelos seus interesses, mas também por aqueles que estão sob sua tutela.
Outros percalços se interpuseram no caminho de Neemias ao longo do caminho, entretanto este continuou firme e finalmente o projeto foi concretizado.
Terminada a parte braçal, era hora de colocar em ação a segunda parte do empreendimento que era a manutenção do que fora edificado. Neemias, como todo bom líder, cercou-se dos peritos específicos para cada caso, sem se sentir ameaçado pelos conhecimentos desses profissionais.
Para concluir, podemos afirmar que Neemias foi um administrador eficaz por que adotou um estilo de liderança voltado não só para os interesses da corporação, mas também focado naqueles que a compõem e isso somado aos quatro mais importantes princípios administrativos (planejamento, organização, direção e controle), claramente explicitados em suas ações, o conduziram ao sucesso.

domingo, 17 de julho de 2011

O tempo de Deus

"Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu" (Ec.3-1).

A passagem bíblica acima fundamenta uma verdade, não só bíblica, mas universal. Vivemos numa era em que um dos lemas é: quanto mais rápido melhor, contudo o nosso Deus não segue o curso deste mundo (graças a Ele mesmo por isso).

A Palavra de Deus nos diz que um dia para Deus é como mil anos e vice-versa, entretanto mesmo sendo detentores deste conhecimento muitas vezes nos flagramos tendo um comportamento semelhante ao dos imediatistas. Há coisas, meu caro, que Deus lhe proverá de maneira relativamente rápida, mas outras, não. E se for algo que Ele sabe que não te fará bem, aí é que não tem negócio! Por isso é sempre bom submetermos a nossa vontade à vontade de Deus e, quando faço essa afirmação, não estou atestando que Deus só nos concede algo quando "está afim" e sim por ser necessário que passemos por um preparo antes ou até mesmo a própria benção carece ser moldada antes de chegar a nós. Observe: se alguém lhe prometer um bolo de chocolate, acredito que não será agradável recebê-lo ainda cru. Outro bom exemplo é o zelo de nossos pais para conosco quando nos priva de algo que ainda não é propício a nossa idade. De igual forma age Deus com seus filhos. Jamais ele nos concederá algo que ainda não estamos aptos a receber. Assim procedendo, estaria Ele nos concedendo um tropeço, situação da qual Ele nos afirma biblicamente que é poderoso para nos guardar (no sentido de firmar: Rm 14-4).

Compreendo que há momentos em que a espera parece infindável e esse desespero nos abala, mas não podemos esquecer que o Eterno não permite que venha sobre nós o que não possamos suportar. Em Gn.3-15 está registrada a primeira profecia acerca da vinda do Messias e sabemos que Jesus veio afim de nos reconciliar com Deus; restaurar o caminho que nos conduz a Ele. Desconheço o número de anos que se passaram entre a primeira profecia e o anúncio do nascimento de Cristo, mas sei que, durante esse período, Deus não deixou o seu povo desamparado; proveu outras maneiras de se relacionar com o homem até que a obra redentora de Seu Filho se concretizasse. Assim será até que se complete o tempo determinado para recebermos a resposta que ansiamos. Isso também pode ser chamado de consolo. É difícil quando Deus nos diz "ainda não" ou "espere".

Busque primeiramente o Reino de Deus e sua justiça eo demais lhe será acrescentado. Lembre-se também que o justo vive pela fé e que se ele recuar, o Senhor não tem prazer nele (Hb.10-38). Mantenha sua mente saudável voltando sua atenção para o alto e não às circunstâncias. Nossos olhos naturais podem não vislumbrar coisa alguma, porém, pela fé, enexergamos aquilo que não se vê (Hb.11-1).



sábado, 16 de julho de 2011

O Altar

O altar é o lugar onde subimos para descer;
É onde ficamos para que nos vejam,
Sem, no entanto, nos enxergar.

No altar nós damos e recebemos;
É onde mostramos as marcas de Cristo,
Onde falamos, mas não com a nossa boca.

É onde às vezes não queremos estar,
Mas o amor e o Espírito nos faz prosseguir;
É onde somos provados,
Onde rimos e choramos,
E por muitos olhos somos julgados.

Através do altar vem o descanso,
A cura, o escape, o galardão;
É onde estamos mais perto do Pai,
E na certeza do centro da sua vontade, à disposição...

Deus Atende Desejos ou Necessidades?