Diferentemente do que parece ser,
nem toda ideia é uma oportunidade de negócio. As ideias são bastante genéricas.
As oportunidades de negócio, não. Para exemplificar, o que você escolher para
presentear o seu amor ou até mesmo o que vier a sua mente como cardápio para o
jantar, são ideias, porém, em tese, não significa que essas abstrações podem
ser transformadas em oportunidades de negócio. Complicado? Então prepare-se,
pois a coisa só piora (brincadeirinha): nem toda ideia, aparentemente uma boa
oportunidade de negócio, deve ser posta em prática, mas calma! Vamos esclarecer
as coisas.
A priori, destaquemos a diferença
entre as duas expressões:
Ideia – existe em maior
quantidade. Pode ser uma abstração; intuição; plano. Toda oportunidade de
negócio surge através de uma ideia, mas não o inverso.
Oportunidade de negócio – é a
ideia economicamente viável, mas cuidado! Negócios, a princípio, economicamente
viáveis não são sinônimos de boas oportunidades de negócio. Tem que haver um
filtro e, neste caso, a ferramenta ideal é um estudo de mercado, seguido de um
bom plano de negócio.
Feitas estas considerações
iniciais, aqui vai um importante conselho: não queime etapas, tampouco tenha
pressa em concluí-las, principalmente se a etapa em questão for a de
planejamento. Tenha em mente que o planejamento será a causa do sucesso ou do
fracasso do seu empreendimento, isso sem falar na ingerência, mas isso é
assunto para outra hora.
A carga tributária brasileira é
muito alta. O Estatuto das Micro e Pequenas Empresas veio para facilitar as
coisas, mas mesmo assim o fardo a carregar é pesado para o iniciante. Além disso,
é imprescindível que aquele que deseja empreender entenda que, apesar de ter se
tornado seu próprio patrão, terá jornadas de trabalho bastante excedentes à que
se submete o trabalhador formal e que terá que abdicar, inclusive, de seus
finais de semana e feriados. Mesmo que seu capital inicial seja suficiente, até
mesmo, para contratação de mão-de-obra, a presença do dono é primordial, pois
como diz aquele ditado: “o olho do dono é que engorda o gado”.
Dando continuidade ao presente
postulado e, aqui acreditando que a ideia principal do que seja uma ideia e uma
oportunidade de negócio foi absorvida, importante salientar que a oportunidade
de negócio e o empreendedor não podem estar desarmonia. Significa dizer que a
oportunidade deve se ajustar ao empreendedor. Não é recomendável que uma pessoa
resolva ingressar em um mercado que não lhe atrai e aqui não estou falando de
lucro. Dinheiro não é tudo! Verdade é que a oportunidade pode ser também
definida como aquilo que gera lucro, todavia há outras questões envolvidas,
tais como perfil individual, know-how
e motivação. Geralmente, o que leva um indivíduo a empreender é a possibilidade
de trabalhar para si e, principalmente, trabalhar com o que gosta e é sobre
este último que versa este parágrafo. De fato, não há nada que proíba uma
pessoa a enveredar por certo negócio face ao alto lucro que este venha a
render, mas quem assim procede corre o risco de após algum tempo descobrir que
não se identifica com aquilo, mas aí não mudará de ramo porque “o aquilo está dando
dinheiro” e, a depender da situação, há a possibilidade desse dinheiro ser
gasto com terapia e antidepressivos.
Outrossim, e, como já dito em
parágrafos anteriores, o que vai separar a ideia da oportunidade de negócio é o
estudo de mercado e, posteriormente, a confecção de um plano de negócio. Saliento,
contudo que a construção deste último só ocorrerá após o empreendedor decidir
qual será o seu produto ou serviço. Com referência ao primeiro, a pesquisa
mercadológica pode acompanha-lo, todavia com aquele não se confunde. O estudo
de mercado possibilita a identificação da demanda ou a criação desta, como
também analisa e antevê problemas conexos. A pesquisa mercadológica, do produto
ou serviço, por sua vez, é que irá prover o administrador de dados qualitativos
e quantitativos, que podem ser relativos à idade, sexo, hábitos de compra, etc.
Por fim, o uso das ferramentas
acima é o que possibilita, como já dito, ao empreendedor diferenciar a ideia da
oportunidade de negócio e assim revelar informações importantíssimas tais como
a existência ou não de concorrentes, quais as possíveis barreiras para novos
entrantes e, sobretudo, a viabilidade do negócio. Frise-se que esta tem que ser
entendida como sobrevida (inclusive no aspecto ambiental), pois há determinadas
ideias que podem ser rentáveis por certo período e depois sofrerem saturação. O
ideal é que o produto ou serviço seja concebido de forma a agregar valor ao
cliente e no decorrer de seu ciclo de vida sofra alterações com vistas a não
enfadar o consumidor. Alem disso, deve dificultar, ao máximo, a ação da concorrência.
REFERÊNCIAS
http://www.sebrae-sc.com.br/leis/default.asp?vcdtexto=5352&%5E%5E.
Acesso em 29/06/2016.
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