quinta-feira, 30 de junho de 2016

Ideias e Oportunidades de Negócio


Diferentemente do que parece ser, nem toda ideia é uma oportunidade de negócio. As ideias são bastante genéricas. As oportunidades de negócio, não. Para exemplificar, o que você escolher para presentear o seu amor ou até mesmo o que vier a sua mente como cardápio para o jantar, são ideias, porém, em tese, não significa que essas abstrações podem ser transformadas em oportunidades de negócio. Complicado? Então prepare-se, pois a coisa só piora (brincadeirinha): nem toda ideia, aparentemente uma boa oportunidade de negócio, deve ser posta em prática, mas calma! Vamos esclarecer as coisas.

A priori, destaquemos a diferença entre as duas expressões:

Ideia – existe em maior quantidade. Pode ser uma abstração; intuição; plano. Toda oportunidade de negócio surge através de uma ideia, mas não o inverso.

Oportunidade de negócio – é a ideia economicamente viável, mas cuidado! Negócios, a princípio, economicamente viáveis não são sinônimos de boas oportunidades de negócio. Tem que haver um filtro e, neste caso, a ferramenta ideal é um estudo de mercado, seguido de um bom plano de negócio.

Feitas estas considerações iniciais, aqui vai um importante conselho: não queime etapas, tampouco tenha pressa em concluí-las, principalmente se a etapa em questão for a de planejamento. Tenha em mente que o planejamento será a causa do sucesso ou do fracasso do seu empreendimento, isso sem falar na ingerência, mas isso é assunto para outra hora.

A carga tributária brasileira é muito alta. O Estatuto das Micro e Pequenas Empresas veio para facilitar as coisas, mas mesmo assim o fardo a carregar é pesado para o iniciante. Além disso, é imprescindível que aquele que deseja empreender entenda que, apesar de ter se tornado seu próprio patrão, terá jornadas de trabalho bastante excedentes à que se submete o trabalhador formal e que terá que abdicar, inclusive, de seus finais de semana e feriados. Mesmo que seu capital inicial seja suficiente, até mesmo, para contratação de mão-de-obra, a presença do dono é primordial, pois como diz aquele ditado: “o olho do dono é que engorda o gado”.

Dando continuidade ao presente postulado e, aqui acreditando que a ideia principal do que seja uma ideia e uma oportunidade de negócio foi absorvida, importante salientar que a oportunidade de negócio e o empreendedor não podem estar desarmonia. Significa dizer que a oportunidade deve se ajustar ao empreendedor. Não é recomendável que uma pessoa resolva ingressar em um mercado que não lhe atrai e aqui não estou falando de lucro. Dinheiro não é tudo! Verdade é que a oportunidade pode ser também definida como aquilo que gera lucro, todavia há outras questões envolvidas, tais como perfil individual, know-how e motivação. Geralmente, o que leva um indivíduo a empreender é a possibilidade de trabalhar para si e, principalmente, trabalhar com o que gosta e é sobre este último que versa este parágrafo. De fato, não há nada que proíba uma pessoa a enveredar por certo negócio face ao alto lucro que este venha a render, mas quem assim procede corre o risco de após algum tempo descobrir que não se identifica com aquilo, mas aí não mudará de ramo porque “o aquilo está dando dinheiro” e, a depender da situação, há a possibilidade desse dinheiro ser gasto com terapia e antidepressivos.

Outrossim, e, como já dito em parágrafos anteriores, o que vai separar a ideia da oportunidade de negócio é o estudo de mercado e, posteriormente, a confecção de um plano de negócio. Saliento, contudo que a construção deste último só ocorrerá após o empreendedor decidir qual será o seu produto ou serviço. Com referência ao primeiro, a pesquisa mercadológica pode acompanha-lo, todavia com aquele não se confunde. O estudo de mercado possibilita a identificação da demanda ou a criação desta, como também analisa e antevê problemas conexos. A pesquisa mercadológica, do produto ou serviço, por sua vez, é que irá prover o administrador de dados qualitativos e quantitativos, que podem ser relativos à idade, sexo, hábitos de compra, etc.

Por fim, o uso das ferramentas acima é o que possibilita, como já dito, ao empreendedor diferenciar a ideia da oportunidade de negócio e assim revelar informações importantíssimas tais como a existência ou não de concorrentes, quais as possíveis barreiras para novos entrantes e, sobretudo, a viabilidade do negócio. Frise-se que esta tem que ser entendida como sobrevida (inclusive no aspecto ambiental), pois há determinadas ideias que podem ser rentáveis por certo período e depois sofrerem saturação. O ideal é que o produto ou serviço seja concebido de forma a agregar valor ao cliente e no decorrer de seu ciclo de vida sofra alterações com vistas a não enfadar o consumidor. Alem disso, deve dificultar, ao máximo, a ação da concorrência.

REFERÊNCIAS



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