Aterroriza-me a solidão em espantos noturnos;
Esbarro nas amarras que ataviam meus calcanhares – prisões.
Os punhos presos em lembranças tuas,
Doçura que amarga, delicioso fel, cujo mel encobre a
verdade.
Em superfície gélida, úmida, vi passar o amor,
E cortou-me a carne o azorrague de seu olhar;
Entupiu-me as veias a tua meiguice; tua presença –
espectros.
Em palavras suei, estremeci, desfaleci;
O que sou?! Ó pobre, pobre mulher! Prisioneira,
Cativante e cativa, ladina feiticeira,
De sonhos confusos, intrusos, submersos.
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