Certa feita eu estava conversando com dois jovens que, á época, trabalhavam com música na igreja, assim como eu.
O papo começou descontraído. Os dois mancebos, apesar de serem, pelo menos, uma década mais jovens do que eu, tinham muito a me ensinar sobre música, principalmente a respeito do que acontece nos bastidores.
Falar do que se desenvolve por detrás das cortinas levou nosso diálogo a um outro patamar. Aqueles dois jovens começaram a parecer menos jovens para mim e, à medida que suas feições se contraiam enquanto suas bocas despejavam amargura, decepção, incredulidade e afins, meu ser se enchia mais e mais de espanto e a única coisa que me vinha à mente era como todo aquele negativismo podia proceder de dois corações de tão pouca idade.
Confesso que tentei contestar seus argumentos, incutir-lhes uma visão um pouco mais otimista em relação à vida e à expansão do Evangelho do reino nesta terra, porém não fui bem sucedida na empreitada. Em um dado momento um deles chegou a dizer que eu só falava daquele jeito porque “vivia em meu mundinho de...” e citou o nome de duas cantoras gospel muito famosas.
Mesmo com o rosto fervendo devido a uma grande descarga de adrelina, achei que seria mais sábio de minha parte dar o assunto por encerrado e pedir licença para me retirar.
Naquela mesma noite, já em casa, a parte desagradável do ocorrido teimava em deixar meus pensamentos e, mesmo não perguntando a Deus diretamente o porquê daquilo, ele me levou a refletir sobre a referência bíblica encontrada no título deste relato.
Aqueles dois jovens, assim como muitos cristãos da igreja contemporânea, lotam os bancos de suas respectivas congregações, cumprem fielmente a sua “agenda” de compromissos eclesiásticos, mas a verdade é que o amor se esfriou, tal e qual predisse o Mestre.
Escândalos em nosso meio tem esfriado o amor de muitos, porém grande parte deles, não se “desviam” totalmente do evangelho temendo o inferno ou simplesmente por achar que continuar a freqüentar os cultos, dizimar, ofertar ou até mesmo ocupar um cargo na igreja, irá protegê-los do diabo da mesma forma que um guarda-chuva em meio a um temporal.
Essa reflexão me trouxe outros benefícios além de me inspirar a escrever este texto, contudo a mais importante lição que pude tirar deste episódio foi a de desviar os meus olhos do homem e focá-los em Cristo. Assim procedendo, jamais deixaremos de viver a plenitude do evangelho ou correr o risco de passar toda a nossa vida como o irmão do filho pródigo, que tinha as posses de seu pai a sua disposição, entretanto não gozava de coisa alguma.
Verdade Ju. Hoje as ingrejas estão entupidas de músicos, cantores, instrumentistas, mas não de adoradores, servos, levitas do Senhor. No meio exato da Bíblia, no Salmo 118 está escrito:"É melhor confiar em Deus, do que confiar em homens." Essa deve ser nossa expectativa! Parabéns pelo blog. Excelente reflexão. abs. Leila França.
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