terça-feira, 25 de setembro de 2012

Filosofia de Estréia

Seria muito mais fácil se eu fosse um de meus personagens: poderia viver entre as flores, dormir em meio às estrelas, voar... Consertar o mundo com minha caneta seria uma peripécia e tanto, mas as muitas letras não me foram dadas para meu proveito; minha missão é outra e minha filosofia de vida é prosseguir até em casa, descalça, enquanto os outros vislumbram o par de sandálias em minhas mãos. O que me aconteceu? Nada. Eu cresci, sou gente grande agora deixei para trás as coisas de menino.
Escreverei aqui inspirada por dias felizes, dias tristes ou em dias de sabedoria, como hoje, onde afirmo que vejo e sinto como todo mundo, apesar de o mundo não me tratar como se eu fosse do mundo.
Sou amiga e tenho inimigos, e tem também aqueles que deixei encarcerados num meio termo, porque são tóxicos. Nietzsche disse que quem vive de combater um inimigo tem interesse em deixa-lo com vida, eu não. Meu combate é com o inimigo de minh’alma, que brama a meu redor, como a um leão, procurando a quem tragar. Estou longe de ser boa, só há um bom que é Deus, meu conhecido há uma década e a quem prossigo conhecendo. Ele tem me ensinado a amar e a exercitar a práxis independente do parco número dos que me amam. Não fico triste, pois não creio em sina, creio em escolhas, em chamado, em vocação, em ministério; o meio pressiona, entretanto concordo com o Gabriel: “nenhuma rua é sem saída para quem sabe olhar pra trás”.
Eu não presto. Não presto porque não tenho a “doença do piolho”, porque não tô nem aí para o que vai acontecer na novela. Tenho mais o que fazer. Tenho que viver e me recuso a faze-lo sem filosofar, semelhante a Descartes que comparou tal proceder com o que se chama ter os olhos fechados sem nunca os haver tentado abrir.

Um comentário:

  1. Ah, como são belos os seus textos, Ju! Muito bom de ler... Que Deus te abençoe sempre!

    ResponderExcluir

Deus Atende Desejos ou Necessidades?