Engraçado como tem tanta gente
por aí abrindo a boca para dizer que Administração não serve para porcaria
nenhuma. Ó pobres indoutos! A ignorância realmente atravanca o progresso e
também é claro faz muita gente perder oportunidades, inclusive, a de ficar
calado.
A administração enquanto
profissão, no Brasil é muito jovem. Tem apenas quarenta e oito anos – um bebê
se comparado à profissões tal e qual a
advocacia e a engenharia, contudo seus princípios e teorias já vinham sendo
aplicadas em nosso país e para embasar essa afirmação, posso citar dois momentos
históricos: o governo Vargas com a criação do DASP- Departamento de
Administração do Serviço Público em 1938. Posteriormente, este departamento
recebeu autorização para constituir outra instituição. A FGV – Fundação Getúlio
Vargas, que tinha como atribuições fundamentais o estudo das organizações, da
racionalização do trabalho e a preparação de quadros profissionais em nível
superior. O outro momento ocorre já no governo de
Juscelino Kubitschek, evidenciado pelo projeto de desenvolvimento associado e
caracterizado pelo tipo de abertura econômica de caráter internacionalista.
Os americanos têm seus defeitos, todavia foram eles os primeiros a
valorizar a profissão de administrador. Em 1881 a Wharton School foi criada e
em enquanto por aqui, em 1952, se iniciava o ensino na Administração no Brasil,
os EUA já formavam em torno de cinquenta mil bacharéis, quatro mil mestres e
cem doutores em Administração e esses intelectuais foram aproveitados não só na
iniciativa, mas também na Administração Pública.
Falando em Administração Pública,
quem mora em Salvador, sabe o quanto a cidade vem sofrendo com os constantes
engarrafamentos e aí vai a pergunta: quem são e onde estão os administradores
de nossa cidade? Não me refiro só ao chefe do Executivo municipal, afinal ele
não governa sozinho. Dentre o que se espera de um bom administrador está a
necessidade de o mesmo estar atento ao que acontece a sua volta e pelo que me
parece, isso não vem acontecendo. Fala-se muito em preparação para o futuro,
mas sob que aspecto? Econômico? Social? Digital? Esses e outros campos dão muito
pano para a manga, porém a verdade é que está faltando administração. Está faltando
quem trace um cenário prospectivo principalmente ao que diz respeito a nossa
engenharia de tráfego. Se falo acerca do que não entendo, perdoem-me os experts,
mas o que vejo como acadêmica em Administração é pura falta de gestão. IPI reduzido
e outras facilidades vêm proporcionando aos soteropolitanos a oportunidade de
adquirir um automóvel e enquanto isso alguém não se deu conta ou “esqueceu” que
tinha que ter rua para caber esses carros todos e aí... Bem, como dizem que
brasileiro só fecha a porta depois de ser roubado... Sabe Deus por quanto tempo
mais iremos padecer desse mal. Obras com o fito de melhorar nossos acessos viários
estão em andamento, contudo, poxa! Custava terem pensado nisso antes? Agora o
que vemos são ruas ainda mais congestionadas em horário de pico devido ás
obras. É momento de refletirmos acerca de determinadas posturas. Uma delas é de
que ninguém pode viver isoladamente. Acredito que há uma relação de interdependência
entre as profissões/atribuições tal e qual é com os órgãos do corpo humano.
Infelizmente não me sinto
habilitada o suficiente a fim de apresentar uma solução, mas creio que a
prática de ações preventivas nos livra de infortúnios como esse. Administradores
tem ciência disso.
Referências Bibliográficas
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