segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Está Faltando Administração


Engraçado como tem tanta gente por aí abrindo a boca para dizer que Administração não serve para porcaria nenhuma. Ó pobres indoutos! A ignorância realmente atravanca o progresso e também é claro faz muita gente perder oportunidades, inclusive, a de ficar calado.

A administração enquanto profissão, no Brasil é muito jovem. Tem apenas quarenta e oito anos – um bebê se comparado à profissões tal  e qual a advocacia e a engenharia, contudo seus princípios e teorias já vinham sendo aplicadas em nosso país e para embasar essa afirmação, posso citar dois momentos históricos: o governo Vargas com a criação do DASP- Departamento de Administração do Serviço Público em 1938. Posteriormente, este departamento recebeu autorização para constituir outra instituição. A FGV – Fundação Getúlio Vargas, que tinha como atribuições fundamentais o estudo das organizações, da racionalização do trabalho e a preparação de quadros profissionais em nível superior. O outro momento ocorre já no governo de Juscelino Kubitschek, evidenciado pelo projeto de desenvolvimento associado e caracterizado pelo tipo de abertura econômica de caráter internacionalista.

Os americanos têm seus defeitos, todavia foram eles os primeiros a valorizar a profissão de administrador. Em 1881 a Wharton School foi criada e em enquanto por aqui, em 1952, se iniciava o ensino na Administração no Brasil, os EUA já formavam em torno de cinquenta mil bacharéis, quatro mil mestres e cem doutores em Administração e esses intelectuais foram aproveitados não só na iniciativa, mas também na Administração Pública.

Falando em Administração Pública, quem mora em Salvador, sabe o quanto a cidade vem sofrendo com os constantes engarrafamentos e aí vai a pergunta: quem são e onde estão os administradores de nossa cidade? Não me refiro só ao chefe do Executivo municipal, afinal ele não governa sozinho. Dentre o que se espera de um bom administrador está a necessidade de o mesmo estar atento ao que acontece a sua volta e pelo que me parece, isso não vem acontecendo. Fala-se muito em preparação para o futuro, mas sob que aspecto? Econômico? Social? Digital? Esses e outros campos dão muito pano para a manga, porém a verdade é que está faltando administração. Está faltando quem trace um cenário prospectivo principalmente ao que diz respeito a nossa engenharia de tráfego. Se falo acerca do que não entendo, perdoem-me os experts, mas o que vejo como acadêmica em Administração é pura falta de gestão. IPI reduzido e outras facilidades vêm proporcionando aos soteropolitanos a oportunidade de adquirir um automóvel e enquanto isso alguém não se deu conta ou “esqueceu” que tinha que ter rua para caber esses carros todos e aí... Bem, como dizem que brasileiro só fecha a porta depois de ser roubado... Sabe Deus por quanto tempo mais iremos padecer desse mal. Obras com o fito de melhorar nossos acessos viários estão em andamento, contudo, poxa! Custava terem pensado nisso antes? Agora o que vemos são ruas ainda mais congestionadas em horário de pico devido ás obras. É momento de refletirmos acerca de determinadas posturas. Uma delas é de que ninguém pode viver isoladamente. Acredito que há uma relação de interdependência entre as profissões/atribuições tal e qual é com os órgãos do corpo humano.

Infelizmente não me sinto habilitada o suficiente a fim de apresentar uma solução, mas creio que a prática de ações preventivas nos livra de infortúnios como esse. Administradores tem ciência disso.

Referências Bibliográficas



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