sexta-feira, 12 de julho de 2013

Amor de menino

Bastou um olhar para que eu a desejasse,
Como o adicto anseia por seu narcótico.
Eu, que sou menino e ela, tão mulher...
A princípio tão pequenina, tão frágil, tão precisada.
Agora, tão senhora, tão dona de mim.

Como não entregar-se a tal amante?
Sou menino, enquanto ela é mulher;
Recebeu-me entre seus lençóis;
Ao amor, apresentou-me em novidade;

Agora, habito eu em seus domínios,
Sou vassalo, devedor da corvéia, das banalidades;
Sujeito do fisco, cativo, embevecido;
Menino, enquanto ela é mulher.

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