quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

31 de Janeiro

Imagem por Google



Fim do mês. Fim do primeiro mês do ano novo. Sou do tempo em que um ano durava doze meses e agora tudo que temos é um semestre. Ô vida corrida! Ô tempo abreviado, por amor aos escolhidos! Façamos ontem o que era para ser feito hoje, pois esse hoje já é o dia seguinte. Entendeu?! Nem eu, mas a Filosofia do tempo agora é essa; é o cronos apressado pedindo passagem para não chegar atrasado. Seu relógio é de bolso como o do coelho da Alice. 

Ouvi falar de um poeta que contou seus anos descobriu que teria menos tempo para viver do que já teve até agora  e se sentiu como aquele menino que recebeu uma bacia de jabuticabas: as primeiras ele degustou displicentemente, mas ao perceber que faltavam tão poucas, roeu o caroço...

O tempo  é aquele sujeito que troca de roupa a cada segundo. Quando decide não volta atrás e quem o perde não o recupera. Tão tangível é quanto o vento e inútil é cerrar o punho a fim de conte-lo. Tempo é tempo e nem adianta tirar a pilha do relógio ou atira-lo pela janela.





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